sexta-feira, 12 de maio de 2017

Ilha Vitória por Boreste...

Boas!

Esse ano eu estou com o projeto de visitar todas as "pedras" do litoral de São Paulo. Há muitas delas por ai: Laje de Santos, Laje da Conceição, Queimada Grande, Queimada Pequena, Bom Abrigo, Búzios, Vitória, e por ai vai. A Laje de Santos já foi. Agora era a vez da Vitória.



Pela Ilha Vitória eu já passei algumas vezes, mas sempre bem por fora, indo ou voltando do Rio de Janeiro. Nossa passagem pelo USF 17 possibilitou um momento mais "National Geographic Society". 

A regata do dia seria novamente de percurso. Trocamos a genoa do Jazz 4 de III, para a II, para ver se ele andava mais um bocadinho. Além disso vieram mais dois tripulantes de Guarujá, para reforçar o time que ficou um pouco desfalcado com tanto enjoo.



Dada a largada, foi um quase milagre conseguirmos passar pela linha. Fazer regata com barco preparado para cruzeiro é um quase martírio. O barco simplesmente fica para trás. Barco de regata tem que estar leve, com tanque de água vazio, nada nos armários, alguns cup noodles para a tripulação fingir que comeu algo e se possível todos de diurético tomado. O Jazz, apesar de ser um projeto de regata, tem tantas sobressalentes a bordo que dava para construir um novo barco. Tinha que ser assim pois o Volnys andava mil milhas para lá e para cá como quem ia fazer a feira de domingo. Escolhas. Nós mesmos, se não tivéssemos levado uma bateria sobressalente, teríamos ficado às cegas, como no século XVI.



O céu estava azul e sem nuvens. Lindo de viver. E havia vento. Pouco, mas suficiente. Por volta de 15h começamos o contorno da Ilha da Vitória e conhecemos cada marisco dos rochedos. Peguei uns dois ou três telefones de gaivotas e prometi ligar ou aparecer qualquer dia desses. Contornar a ilha virou sinônimo de seguir, a cada metro, seu traçado geográfico. A trilha do GPS virou um mapa insular perfeito, quase em 3D. Acho que a ideia da regata não era bem essa...





De toda forma, ao anoitecer, faltava apenas voltar umas doze milhas para terra. Havíamos montado a tal ilha. O vento, porém, se foi. 

"- A votação será aberta ou secreta?" - perguntei. 

De lá de dentro uma voz disse: "- Liga o motooooooor".

Foi por aclamação.

Botão acionado, motor girando (não contem para o Spinelli), voltamos para a poita seguindo o rastro da lua no mar.

E vamos no pano mesmo!!!


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