Quando eu trouxe o Malagô para Santos a ideia era fazer o fundo (calafetar e pintar com venenosa) e descer o mastro para refazer o verniz. Porém, o francês "Jàque" veio a bordo e já me preparo para uma longa temporada de reparos. Assim, "Jàque" o barco está aqui, vou fazer uma série de coisas. A ideia era voltar para o Saco da Ribeira no dia 28/03, mas nãos erá dessa vez...
Eu adoro Ubatuba e adoro deixar o barco lá. Mas a verdade é que o barco longe sempre acumula um tanto de coisas para fazer (ainda mais um barco de madeira, apesar de eu ter um bom marinheiro por lá). Lá a poita é minha, mas ainda assim eu tenho um gasto com AUMAR e Marinheiro. Aqui vou gastar o mesmo na mensalidade do clube, estando a apenas dez minutos (a pé) do barco. Mas não dá para ter marinheiro, senão meu orçamento vai para o espaço. Não tem muito jeito.
Nesse espírito desci o mastro na última sexta-feira, 06/03, no Pier 26, com a ajuda do sempre amigo Cassio Souza (esse é meu amigo mesmo, pois eu só o coloco em fria e mesmo assim ele está sempre lá). A operação foi bem simples (difícil, mesmo, foi apenas soltar os esticadores do estaiamento) e não levou mais do que meia hora. Deitamos o mastro no convés e voltamos para o clube.
Lá a coisa foi mais complicada. A estimativa de peso do mastro era de cem quilos, mas isso eu sei que pesa só a retranca. Convocamos nove valentes voluntários e com algum esforço colocamos o mastro na área de reparos/manutenções da sede náutica do CIR. O mastro pesa pelo menos quatrocentos quilos.
Fiz uma vistoria no mastro e encontrei apenas uma parte podre, que se não fosse a experiência com construção (e desconstrução) naval amadora me faria perder a calma. Como esse podre está bem próximo ao tope, há mais de uma opção de conserto e em breve ele não estará mais ali. O mastro é de pinho de riga e está muito bom, apesar de grande parte do verniz já não estar mais por lá. Esse mastro não sofre uma manutenção há pelo menos dez anos.
Aproveitando a presença de meu amigo francês, comecei também a desmontar o motor para dar uma geral e aplicar o que venho aprendendo no Senai, começando pela bomba de água salgada.
Que Deus me ajude!
E vamos no pano mesmo.
Meu amigo, você é meu herói, bons ventos.
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