Boas!
Essa foto foi tirada em Paraty, no dia que seguimos para o Guarujá (ainda sem saber que ficaríamos em Ubatuba).
Quem arrisca dizer o que está de errado nela?!
Uma parte é fácil, mas outra é mais difícil, pois o que parece errado está certo e o que parece estar certo, está errado. Bom, chega de trava-língua e vamos à análise:
1. O tope da vela não sobe até o tope do mastro.
Sim, é verdade. A questão é: qual o motivo?
De início cabe explicar que essa é a vela de transporte do Malagô. Aquela reservada para o dia a dia, para aguentar porrada. Quanto mais se usa a vela mais ela se deforma, mais ganha "barriga" e a performance diminui. Por isso veleiros de regata trocam de "panos" com uma velocidade absurda. Haja saldo!
Por ser a vela do dia a dia o Cesar, antigo dono do Malagô, resolveu usar seus dotes de mestre capoteiro e passou a tesoura na vela, diminuindo-a em altura. O objetivo não foi o de eitar que o tope chegasse ao final do mastro, mas sim subir a retranca, tornando o barco mais seguro e confortável. Só que apesar do acabamento impecável na costura, a coisa não funcionou muito bem. Pelo menos não sem que alguns ajustes mais severos tenham sido necessários.
O primeiro defeito, mais visível, é que a mestra não subia toda. A valuma esticava ao máximo, mas na testa sobrava tecido e não tinha jeito.
2. O segundo defeito está na parte de baixo da vela, junto à retranca. Ela está esticadinha. Achatada. Quase plana. Isso não é nem certo, nem normal. Na verdade essa parte deveria estar como o restante da vela, com "sulcos", que uma vez cheios de vento darão o formato típico.
A razão do primeiro e do segundo defeito está no terceiro:
3. Como a vela teve sua geometria alterada, o ponto em que o punho da esteira se prende à retranca mudou. Eu percebi isso apenas quando a argola que ficava nesse ponto estourou depois de um jaibe mais desajeitado. Minha solução foi atar um cabinho de spectra no lugar onde ficava a argola, só que é evidente que ele se deslocou um pouquinho em direção ao mastro. Assim, de um "acidente" veio a luz. A valuma esticou menos e com isso conseguimos fazer a vela subir mais, sobrando menos tecido e, finalmente, subindo mais a ponta da retranca.
Por conta do recorte o cabo da esteira deve ter um ponto na retranca mais próximo do mastro e distante da ponta. Do jeito que a coisa estava, a esteira ficava ultra mega power blaster esticada, deformando uma velinha honesta, mas que já está para lá de Bagdá!
Mas será que apenas isso resolve o problema?
Antes de continuarmos essa discussão, analise com cuidado a foto a seguir e me diga se essa vela (que é a mesma vela, só que com vento) está em boas condições (o fato dela não subir até o tope deve ser desconsiderado):
E vamos no pano mesmo!
O Motivo da vela não estar totalmente içada, ou trimada é que um tripulante à proa, está verificando suas mensagens no celular, enquanto o outro (eu mesmo) jaz sentado à sombra do bimini sossegadamente (e ainda trás uma toalha em volta do pescoço). As imagens não mentem...rsrsrsrs
ResponderEliminarkkkkkkkkk!
ResponderEliminarBom, olhando por esse ângulo, tens toda razão! Cambada de vagabundos! E o Capitão arrancando os cabelos!
ET.: aposto que no telefone era a Iáiá..
kkkkkk...boa Ricardo...rsss
ResponderEliminarVai rindo, vai! Quando vc voltar vai ter muita adriça para caçar e convés para dar brilho!!!
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