sexta-feira, 29 de março de 2013

Vende-se um excelente barquinho...

Boas!

Pois é, pois é... 

Meu amigo Ricardo Stark está dando um novo rumo à sua vida náutica. Nessa, surge uma oportunidade daquelas que a gente só vê de vez em nunca: o Atoll 23 Gaipava está à venda!

Eu sou suspeito para falar sobre o barco, que consta até do hall da fama dos Atoll 23. Apenas para efeito de comparação, o Gaipava está anos luz na frente do Cusco Baldoso em matéria de conservação e estado, pois foi praticamente reconstruído há menos de cinco anos, além de ter sido totalmente reforçado em pontos normalmente críticos. Simplesmente não há outo igual: é só adicionar água !

Se você procura um barco literalmente pronto para usar, não deixe de ver essa jóia da náutica brasileira, atualmente fundeado em Paraty. Um barquinho pequeno, mas que pode ir para Abrolhos, navegando, amanhã mesmo!






Interessou? 

Saiba mais AQUI!

PS.: Eu nunca disse isso, mas o Ricardo é bom de negócio!

domingo, 24 de março de 2013

Uma pessoa "ou"...

Boas!

Continuando a postagem anterior, quem não percebeu grandes defeitos na vela mestra postada (a segunda foto) não está ficando louco. Ela realmente não tem nada de muito errado. Pelo menos não ainda...

Aquela foto foi tirada nos primeiros minutos de velejada e sob vento fraco. Se é verdade que mar tranquilo não faz bom marinheiro, pode-se dizer, talvez, que vento fraco não entrega vela ruim.

Sob ventos de quinze nós e após um par de horas velejando, a situação daquela vela é bem diferente. A barriga se acentua - tudo o que não ser quer em ventos mais fortes. Com isso o barco aderna mais, orça menos e o equilíbrio do leme fica prejudicado. Além disso a valuma treme como gelatina (em especial próximo ao tope, e não tem puxada no rabo da bixa que dê jeito!), tornando o fluxo de ar turbulento e menos eficiente.

Para um passeio numa brisinha de final de tarde essa vela está ótima. Mas para algo mais sério, não. E o Malagô é um veleiro escola...

A vela antes...

... e depois do vento.                                                     



A pergunta que fica, então, é: o que fazer?!

Velas novas é a resposta óbvia. Mas no momento eu sou uma pessoa "ou", não uma pessoa "e". Se você não sabe ainda, uma pessoa "ou" faz uma coisa, "ou" outra;  já uma pessoa "e" faz uma coisa "e" outra "e" outra "e"outra... E se eu mandar fazer uma vela mestra nova, acabo com meu orçamento com apenas um item.

Mesmo uma vela em Prolan e com toda a ajuda (leia-se assessoria técnica e um mega descontão, bem "ão) que o Arnaldo Andrade, da Cognac Velas me ofereceu, sairia ainda pesada demais. No bolso!

Sobre o "prolan" vou aqui abrir um pequeno parênteses (e sem qualquer comprometimento com o Arnaldo, pois o descontão, mesmo bem "ão", eu acabei não podendo aceitar). De todas as críticas que fazem ao material eu só concordo com uma: dura menos que uma vela de dracon. 

Mas a pergunta que deve ser feita é: o que é durar menos? Em uma vela, penso que mais importante do que o tecido durar anos, é ele manter suas características elásticas por bastante tempo. Essa minha vela mestra, por exemplo. Aposto que tem mais de vinte anos. Mas de que adianta, se sua forma já foi para o espaço, faz tempo? Durar vinte anos, mas sem as características dos dois primeiros, não é uma vantagem lá muito vantajosa.

Não tenho preconceitos com o prolan e se fosse fazer uma mestra para o Malagô, faria com esse tecido, a um custo de 1/3 de uma vela de dracon. Fazendo outra conta, pelo preço de uma vela de dracon eu poderia, por exemplo, fazer três de prolan e ter uma vela nova por ano, durante três anos... Essa conta fecha, pelo menos para mim.

Voltando ao assunto do post, se fazer uma vela nova  agora (mesmo de prolan), não é a melhor ($) solução, qual seria esta, então?!

Simples: mandar a vela para um "spa": puxa daqui, puxa dali, reforça aqui, reforça acolá... Além disso tenho planos de mandar colocar talas inteiriças (full battens), o que além de diminuir naturalmente a barriga, conserva o formato da vela por mais tempo e lhe confere melhor eficiência aerodinâmica. Isso sem falar que os enroscos no lazy-jack deverão diminuir de sobremaneira (haja paciência para isso!)

Essa solução me agradou um bocado, mas (sempre essa adversativa, não?) a pergunta que fiz logo em seguida foi: vale a pena fazer isso nessa vela?!

Foi então que eu gritei: eureka!

Nessa não vale. Mas e "naquela outra ali"?




Pois é. No início de abril vou mandar essa vela para Itaboraí/RJ, para a oficina do Seu Arnaldo Andrade (não, não somos parentes). Já estabelecemos como premissas, além dos battens, encurtar um tanto a testa e subir um outro tanto o final da esteira, subindo a retranca - mas sem sobras de tecido incômodas. 

Nisso sobrou verba para uma gennaker noivinha em folha, com 80 metros quadrados. Mas isso é assunto para um outro post.

E vamos no pano mesmo!


terça-feira, 19 de março de 2013

Jogo dos sete erros...

Boas!

Essa foto foi tirada em Paraty, no dia que seguimos para o Guarujá (ainda sem saber que ficaríamos em Ubatuba).



Quem arrisca dizer o que está de errado nela?!

Uma parte é fácil, mas outra é mais difícil, pois o que parece errado está certo e o que parece estar certo, está errado. Bom, chega de trava-língua e vamos à análise:


1. O tope da vela não sobe até o tope do mastro.

Sim, é verdade. A questão é: qual o motivo?

De início cabe explicar que essa é a vela de transporte do Malagô. Aquela reservada para o dia a dia, para aguentar porrada. Quanto mais se usa a vela mais ela se deforma, mais ganha "barriga" e a performance diminui. Por isso veleiros de regata trocam de "panos" com uma velocidade absurda. Haja saldo!

Por ser a vela do dia a dia o Cesar, antigo dono do Malagô, resolveu usar seus dotes de mestre capoteiro e passou a tesoura na vela, diminuindo-a em altura. O objetivo não foi o de eitar que o tope chegasse ao final do mastro, mas sim subir a retranca, tornando o barco mais seguro e confortável. Só que apesar do acabamento impecável na costura,  a coisa não funcionou muito bem. Pelo menos não sem que alguns ajustes mais severos tenham sido necessários.

O primeiro defeito, mais visível, é que a mestra não subia toda. A valuma esticava ao máximo, mas na testa sobrava tecido e não tinha jeito.

2. O segundo defeito está na parte de baixo da vela, junto à retranca. Ela está esticadinha. Achatada. Quase plana. Isso não é nem certo, nem normal. Na verdade essa parte deveria estar como o restante da vela, com "sulcos", que uma vez cheios de vento darão o formato típico.

A razão do primeiro e do segundo defeito está no terceiro:

3. Como a vela teve sua geometria alterada, o ponto em que o punho da esteira se prende à retranca mudou. Eu percebi isso apenas quando a argola que ficava nesse ponto estourou depois de um jaibe mais desajeitado. Minha solução foi atar um cabinho de spectra no lugar onde ficava a argola, só que é evidente que ele se deslocou um pouquinho em direção ao mastro. Assim, de um "acidente" veio a luz. A valuma esticou menos e com isso conseguimos fazer a vela subir mais, sobrando menos tecido e, finalmente, subindo mais a ponta da retranca.  

Por conta do recorte o cabo da esteira deve ter um ponto na retranca mais próximo do mastro e distante da ponta. Do jeito que a coisa estava, a esteira ficava ultra mega power blaster esticada, deformando uma velinha honesta, mas que já está para lá de Bagdá!

Mas será que apenas isso resolve o problema?

Antes de continuarmos essa discussão, analise com cuidado a foto a seguir e me diga se essa vela (que é a mesma vela, só que com vento) está em boas condições (o fato dela não subir até o tope deve ser desconsiderado):




E vamos no pano mesmo!




segunda-feira, 18 de março de 2013

Só sei que nada sei...

Boas!

Desde que assumi o leme do Malagô, em dezembro do ano passado, venho me acostumando com ele. Velejar em um veleiro de 23 pés e em um de 40, ou 50, não é muito diferente. É apenas mais difícil por conta da força que se tem que fazer.

Tenho em mente de forma muito clara duas coisas: a primeira é que o Malagô é, hoje, um veleiro escola. A segunda é que ele tem que ficar o mais dócil possível de ser "tocado".

A velejada do dia 02 de março, nesse sentido, foi emblemática. Com ventos entre dez e quinze nós, o barco andou muito bem. Eu dizia o que queria e as coisas iam acontecendo. O segredo? Tripulação. Foi muito bom, mas eu não terei esse item - que é o mais caro a bordo de um veleiro - sempre. Algumas vezes serei apenas eu e eu mesmo, com alguma ajuda da Priscila.

Minha meta é deixar o "velho Mala" dócil como na última velejada, ainda que com menos de seis pessoas a bordo (que foi nossa tripulação na última aula: quatro alunos, o Stark e eu).

Nesse processo confesso que comecei errado. Culpei as catracas antes de olhar melhor para as velas. E nisso quase gastei uma pequena fortuna antes da hora e, talvez, sem necessidade.

A uma porque não olhei direito pra a vela mestra atual e não vi que ela, no vento forte, se deforma além do limite aceitável. Não vi, ainda, que apesar de minha genoa não estar tão gordinha quanto a mestra, a tensão que consigo aplicar na sua adriça é insuficiente.

Acho que esqueci que velas gordas são velas mais pesadas de serem tocadas; são velas que causam maior adernamento e que orçam menos. Antes de trocar as catracas, tenho que resolver o problema das velas. 

A primeira questão que se impõe é: trocar as velas atuais ou reformá-las?




        
Se eu perguntar para o gerente do banco, a resposta com certeza não será nem uma, nem outra, rs. "-Primeiro cubra esse rombo aqui, meu amigo" - ele dirá.

Mas o "velho Mala" é um barco que trabalha. Todo o dinheirinho que arrecadamos com as aulas de vela é revertido para sua conservação e melhorias. Não é justo, então, eu negar algumas regalias ao garotão. Viver é mais do que pagar a marina!

Nisso pedi ajuda para meus amigos da Ronstam/Náutica 30 Nós e graças a nossa parceria e ao "descontão" bem "ão" que o Alex deu, consegui trocar alguns cabos. Tudo começa neles. Não adianta uma vela novinha se a tensão que nela se aplica é perdida ao longo de um cabo que estica.

Começando pela adriça da genoa, o sistema novo é composto por:

1. 15 metros de cabo de dyneema (similar à marca registrada Spectra), com capa de proteção;


2. A adriça vem do tope da genoa, passa pela polia do enrolador Alado  e morre em um moitão violino, da marca australiana Ronstam, com saída e mordedor.


3. O violino, por sua vez, foi alimentado com cabo 6mm de dyneema puro (sem a capa de proteção).


Com isso tenho uma redução 4 x 1, que para um enrolador Alado e para uma vela cortada em painéis é mais do que suficiente (fosse o corte tri-radial e eu penso que seria necessário um pouco mais de redução).  

Mas o Malagô é um veleiro escola, não é?!

Pois então ele ganhou duas escotas novas para genoa, da marca Polaris, uma na cor verde (que será armada a boreste) e outra na cor encarnada (armada a bombordo).

Vou ao barco apenas no próximo final de semana, justamente para instalar essa nova traquitana e trazer as velas mestras (cujo destino ainda é incerto e duvidoso), mas falarei sobre isso em um próximo "post".

E vamos no pano mesmo!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Rumo sul...


E não é apenas o CCS que está com a proa voltada para o sul.

Amanhã parte de Mongaguá, litoral (sul!) de São Paulo, nosso amigo Ivan Rodrigues. Só que essa travessia é terrestre, sobre duas rodas e é movida a tração humana: o Ivan vai de bicicleta. O destino final nem ele mesmo sabe e certeza mesmo só se tem de que depois de Ushuaia não vai dar para avançar muito mais para o sul. É uma viagem sem datas nem roteiros muito rígidos, em que chegar é menos importante do que ir. Esse rapaz tem alma de velejador!!!


Para acompanhar essa aventura, acesse o blog PEDALANDO DESTINO SUL!

E vamos no "pedal" mesmo!

Trolando o CCS!

Boas!

O Cruzeiro Costa Sul, organizado pela ABVC zarpou de Santos/Guarujá hoje, com destino à Ilha do Bom Abrigo. Por eu ser uma pessoa local e conhecer muito bem a cidade, o Paulo, do Bepaluhê me pediu a gentileza de indicar um local para que ontem fosse feito um happy hour. Pois é! Eu indiquei o Pier do Chopp, um lugar a beira mar, com vista para os navios que entram e saem do porto de Santos, música ao vivo e comidinha honesta. 

Só que... esse lugar foi demolido há alguns meses!

Depois da minha bola fora a escolha do pessoal recaiu para o Estrela de Ouro (comida japonesa), onde enfim eu pude conhecer o Paulo, o Volnys e o resto da turma. E não, esse lugar não foi demolido!

E vamos de google maps mesmo!


quinta-feira, 7 de março de 2013

Quer ganhar um boné?!

Boas!

Você quer ganhar um boné da nossa escola de vela?!

Pois basta CURTIR nossa página no Facebook e deixar a seguinte mensagem: "Também quero  um boné do Cusco!": 


O sorteio será no dia 01/04/2013 - e não, não é mentira!!!



Vamos no pano mesmo!

segunda-feira, 4 de março de 2013

E quem vai acreditar que isso é trabalho?

Boas!

No último sábado, dois de março, realizamos as aulas da terceira turma de 2013 de nossa escola de vela.  Foi a última turma de apenas um dia de aula, no formato dos antigos Módulos I e II. A partir de abril faremos apenas aulas de dois dias em sequência (sábado e domingo), com maior permanência  a bordo (incluindo a possibilidade de pernoite na embarcação) e melhor aproveitamento.

O Malagô voando no través (c) Ivan Rodrigues.
A tripulação foi chegando aos poucos: os já amigos e não apenas alunos André Scalon e Ivan Rodrigues  (que fizeram conosco a travessia Paraty/Ubatuba em janeiro) chegaram na noite da sexta-feira, levando janta e coca-cola para o Capitão que já estava enfiado embaixo das cobertas. Só por isso já fizeram valer o certificado!!!

A Ilha Anchieta ao fundo, na volta da Enseada da Fortaleza.
Durante o café da manhã do sábado quem chegou foi o Ricardo Stark, do Veleiro Gaipava (o Atoll 23 mais lindo que eu já vi!), que sempre que puder será meu Imediato no curso. Na sequência vieram o famoso Walnei Antunes, do Vivre /Piano Piano e o Eduardo Ramos (que fez um bate volta Guarujá/Ubatuba/Guarujá). Esses últimos eu conheci pessoalmente no dia do curso e, para não fugir a regra, o Almirante lá de cima  continuou mandando apenas gente legal e do bem para o  Malagô - continue assim!

Conversamos um bocadinho sobre o barco e sobre o treinamento que faríamos e soltamos o Malagô da poita um pouco antes das 11h00. Motoramos apenas o suficiente para safa-lo dos outros barcos e levantamos as velas. O vento (leste) entrou com vontade, o que indicava que com o sol alto a coisa ficaria divertida, justamente como indicava o Windguru.


Eu gosto de começar mostrando as manobras básicas, dando ênfase à orça.  Então fiquei no leme e dividi a turma em duplas, cada uma operando uma das duas catracas. O Stark ficou de proeiro! Demos alguns bordos em direção à Ilha Anchieta até entrarmos em sua sombra. Então seguimos em alheta e depois popa em direção à Ilha do Mar Virado, para depois engatarmos em uma aterragem de través para, então, recomeçarem os bordos. 

A cada vez que o processo era reiniciado fazíamos um rodízio de forma que TODOS os alunos ficassem no leme, na escota da vela mestra e nas catracas. E nesse meio tempo conversávamos sobre aerodinâmica, equilíbrio, regulagens, tecidos de velas, aviação (sempre ela, não é Antonio Marcos, que me lê ai no Tribunal de Contas?! - o Eduardo Ramos também é piloto!) e coisas tantas da vida.

Da esquerda para a direita: André, Eduardo e Ivan.

O vento apertou um pouco (chegou a quinze nós) e quando eu senti que estava tudo funcionando, "virei passageiro" e deixei os meninos se divertirem, lá pelos lados da Enseada da Fortaleza. O Mala voou. Seis nós na média. O GPS registrou a máxima de oito nós, mas eu credito isso a alguma surfada, até porque estávamos com pouco pano e minhas velas estão de dar dó (assunto para um 'post' específico).

Além dos bordos demos alguns jaibes e em um deles a argola que prende a esteira na retranca estourou. Rapidamente baixamos a mestra um bocadinho, com o veleiro em orça e improvisamos uma alça com um cabinho de spectra. Em cinco minutinhos a onça estava domada, mas a cara do Walnei quando viu a vela voando sem controle merecia uma fotografia aqui para o blog!

Essa é a cara do Walnei "tranquilo". Imaginem a que ele fez quando a argola estourou!
Já pertinho da poita, depois de velejarmos por cinco horas e meia e termos navegado à vela por pelo menos vinte  milhas náuticas (eu perdi o hábito de usar o GPS), ligamos o motor e encerramos os trabalhos. Mas só os daquele dia!!!

A Ilha do Mar Virado
O Eduardo logo foi embora (pena, pois ele é muito legal) e então nos vimos obrigados a aceitar uma proposta tentadora: um ultra mega power blaster churrasco, oferecido na casa do sogro do pai do primo do irmão do sobrinho do namorado da irmã do André! Seu Zè e Dona Tina, gente simples da mais alta qualidade, recebeu nossa tripulação de penetras com muita simpatia, alegria e comida de primeira. O Ivan dessa vez não cozinhou nada... só pensava na namorada e em seu "gato de um metro e dez".

Seu Zé, Dona Tina e André

Bem, se a relação de parentesco entre os anfitriões e o André é confusa, basta chamar esse casal daquilo que eles são: AMIGOS. É o que basta. Qualquer dia eu apareço na porta deles com uma peça de picanha... 

Por falar nisso achei bem legal a amizade que o Ivan e o André desenvolveram, nascida a bordo do Malagô.  

Ricardo, Ivan, André e Walnei. 

Além disso o André me deu uma prova de que existe gente decente em um grau pouco imaginado: na tarde do domingo percebi uma tampinha de ralo diferente em um dos embornais. "Ela havia sumido no Carnaval", pensava eu. Nada disso... na travessia para Ubatuba ele a havia deixado cair no mar e, mais uma vez a bordo,  não apenas se lembrou como fez, sem alarde algum, a substituição. Caráter... coisa rara hoje em dia e quem o tem,vale ouro.

No domingo bem cedinho, quase cinco da manhã (brincadeirinha, Priscila! Eu estava T-R-A-B-A-L-H-A-N-D-O) eu, o Ricardo e o Walnei voltamos para a Ribeira. O Ivan e o André ficaram na casa do Seu Zé e voltaram para São Paulo no dia seguinte.

O dia nasceu e aproveitamos para, enfim, encher os tanques de água doce do Malagô. Ato contínuo, fomos para o Piano Piano e descobrimos aquilo que já sabíamos: fora uma mancada ou outra na montagem do barco e de alguns dublês de lais de guia (tudo já superado), o Walnei já é velejador há muito tempo! Só precisa se acalmar e parar de achar que qualquer rondadinha do vento foi culpa dele! Quanta pretensão... Ele agora controla os ventos, é???! Tá bom então, Éolo!

Curso agora só dia 06/04! Mas corra, pois só temos UMA vaguinha!!!

Bons ventos!

Entre céu e mar...

O vento entra. O barco aderna. Um dos bordos vê apenas céu; o outro lança os olhos para o mar; a popa conta milhas; a proa busca o final do horizonte...


Dois mundos distintos...


... em um mesmo instante.


Bela velejada!

Obrigado aos amigos Ricardo Stark, André Scalon,  Eduardo Ramos, Ivan Rodrigues e Walnei Antunes.

Vamos no pano mesmo!