quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Havia uma ponte no meio do caminho!

Boas!


Há mais de uma forma de se fazer as coisas, quase sempre. Aqui na região de Santos as vagas para veleiros são um problema. São poucas, em especial para barcos pequenos e, quando existem, são muito caras. Eu já disse muitas vezes que só consigo ter barco aqui por causa do Chinen (que ainda tem um preço mais ou menos razoável).

Enquanto alguns aceitam isso sem brigar (como eu, rs), outros - como os velejadores de São Vicente - nos lembram que a necessidade é a mãe da invenção. Na região do mar pequeno, que nada mais é senão a parte de trás da Ilha de São Vicente (onde coexistem as cidades de Santos e São Vicente) existem muitas marinas, porém todas voltadas para lanchas.

O motivo de não haver muitos barquinhos mastreados por lá é a baixa altura da Ponte Pênsil, que não chega a cinco metros. 




Porém os problemas desse pessoal pelo que parece "se acabaram-se"! Como me contou o "Marujo Cardoso" no Facebook:

"Aí Juca, estamos superando as dificuldades de passar debaixo da Ponte Pênsil de São Vicente, ainda precisamos fazer uns ajustes, tais como como colocar uma barra na base do mastro, para servir de alavanca (mão francesa) e os moitões para redução, mas já conseguimos sair da baía de São Vicente para as costeiras do Guarujá sem problemas, a não ser força física, dos 2 veleiros o Ranger 22 por ter o stopper da mestra na base inferior à ré, o mastro tem que ser removido da base para ter ângulo adequado para passar debaixo da ponte, mas já tenho projeto para evitar estes sacrifícios físicos, já que o preço da garagem náutica daqui, está até o presente momento compensando o sacrifício".


Para completar graças a esse post o pessoal conseguiu ajuda do Eduardo Moura, do Veleiro Bearship, um dos veleiros de cruzeiro mais bem mantido e equipado de nossas águas. 

Cabe aqui um mea culpa, pois quando consultado a primeira vez sobre esse sistema me mostrei cético por demais.  Paguei minha língua: os meninos conseguiram e, com isso, criaram uma nova opção para a guarda de veleiros pequenos na região!

Bons ventos em São Vicente!

6 comentários:

  1. Juca, o vivre (16 pés) tem o mastro que pode ser "dobrado" na base, ele é assim pois o antigo dono navegava o tiete com ele e tinha o mesmo problema com pontes!

    ResponderEliminar
  2. Pois é, Walnei, na faixa de tamanho do Vivre eu até sabia que isso existia. O Daysailer tbm usa isso em alguns modelos antigos e a Tomcat esta vendendo um sistema mais moderno. Mas eu achava que em um Ranger 22 a coisa já era um pouquinho demais. Estava errado, felizmente! Talvez até no Malagô dê para fazer isso, quer me ajudar? kkkk (brincadeirinha!)

    ResponderEliminar
  3. Já tive que capotar diversas vezes meu antigo Hobie Cat 16 e cruzar remando por baixo da ponte (na maré contra é quase impossível). A Ponte Pensil, apesar do seu valor histórico, é um grande entrave para o desenvolvimento econômico náutico da região do Japuí e do Mar Pequeno.
    Volnys

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é, e olha que as vezes desvirar um HC 16 pode ser tão complicado quanto um R 22, kkk! Bons ventos!!!

      Eliminar
  4. A prefeitura de São Vicente deveria fazer um canal para contornar a ponte pelo lado da praia grande. A região do mar pequeno tem um potencial enorme para abrigar garagens nauticas, marinas e serviços relacionados que não deslancha por causa da ... ponte. Vale lembrar que a região está a 40min da capital paulista, seria interessante explorar esse mercado ou não? Juca, imagine a quantidade de empregos que seriam gerados nessa região tão carente. E pensar que a ponte foi originalmente construída para levar o esgoto de Santos e São Vicente para Praia Grande...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Meu amigo, a Prefeitura de São Vicente não consegue cuidar nem do lixo... a industria náutica podseria gerar tantos empregos e tanta riqueza, mas ninguém com poder de decisão (imediato) parece perceber isso. Pena.

      Eliminar