quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Motim!

Um motim a bordo é algo que nenhum comandante quer ver. Um dos mais famosos talvez seja o que aconteceu no navio inglês Bounty, no final do século XVIII.

Em 1787 o Capitão William Bligh partiu da Inglaterra para uma viagem de dois anos ao Tahiti. O objetivo da viagem era buscar mudas de fruta-pão, que seriam plantadas no Caribe, barateando o custo desse que era o alimento base dos escravos.

Liderados pelo oficial Fletcher Christian, os marinheiros – já com as mudas de fruta-pão a bordo – se amotinaram, sem uma razão de fato muito convincente. Na verdade, nenhum deles queria deixar aquele paraíso de belas mulheres desnudas... E quem pode culpá-los, não é verdade?!

O Capitão Bligh e dezoito marinheiros foram jogados ao mar, num pequeno barco, a sua própria sorte. Mesmo com pouca água e comida e de estarem em um escaler de apenas sete metros (que quase naufragou), o Capitão e seus homens navegaram 3600 milhas em 48 dias e sobreviveram. Com o auxílio de moradores de uma possessão holandesa chegaram à Inglaterra. No mar não houve uma única morte.

Os homens de Christian foram levados para a ilha Pitcairn, onde se casaram e tiveram filhos. Há indícios de que Christian tentou transformar os taitianos em escravos e acabou assassinado. Christian deixou filhos em Pitcairn. Dos amotinados que foram viver na ilha sobrou um marinheiro, John Adams, que imortalizou a história. Os marinheiros que ficaram no Tahiti foram capturados e julgados na Inglaterra. Alguns deixaram filhos no Tahiti.

Mais tarde, Bligh retornou ao Tahiti e levou mudas de fruta-pão...

Mas nem todo motim é sinal de problemas!

Recentemente foi relançado o periódico eletrônico O Motim, a cargo do Professor Dimas Eduardo Ruiz. O Motim era uma publicação de antigamente, mas que por força dos bons ventos retornou e, oxalá, não ficará mais em silêncio.

Ruiz comanda, também, o Projeto Anubis e suas boas iniciativas compensam, em muito, a pequenez que assola nossas águas. É bom saber que "o que não foi impresso, continua sendo escrito a mão".

O periódico pode ser acessado AQUI. Nesse mesmo site é possível se cadastrar e receber cada nova edição, via e-mail!

Bons ventos, Dimas!

Sem comentários:

Enviar um comentário