Deixamos a sede náutica do CIR, em Santos, às 15h50 do dia 02 de junho a bordo do veleiro Fratelli, sob o comando do amigo Marcelo Damini. Na tripulação nos acompanharam o Eduardo e o Marcio, além da Claudia (esposa do Marcelo).
Seguimos no motor. Vento contra, de leste, mar baixo e a mestra em cima, para equilibrar. Seria assim toda a travessia, que esperávamos fazer direto. Quando anoiteceu já estavamos na altura da Ilha dos Arvoredos, afastados uma quatro milhas. Como o anoitecer já estava por perto quando saímos, já levantamos a mestra na primeira forra de rizo.
No través do Montão de Trigo identificamos as luzes de um veleiro, que nos seguia. Ele abriu para Alcatrazes. Nós faríamos o mesmo, mas o Dino do veleiro Maestro queria ir para Angra conosco e ficamos de encontrar com ele no Pindá, já no canal de São Sebastião. Porém, quando entramos em contato ele disse que iria no outro dia, pois haveria vento menos forte. Perdemos a Ilhabela por fora...
Após passarmos a balsa fui dormir. O Marcelo ficou com o Marcio lá fora. Combinamos de ficar em dupla fazendo os turnos: eu e o Eduardo, o Marcelo e o Marcio. Quando acordei estávamos no través da Cassandoca, já em Ubatuba.
Após doze horas de navegação chegamos no través do Saco da Ribeira. O céu encoberto se abriu e a lua cheia iluminou o mar de um jeito incrível. Nessas horas eu sempre lembro do final do filme Caçada ao Outubro Vermelho. O Marcio se uniu ao Marcelo e ao Eduardo que roncavam lá embaixo e eu me vi sozinho, vigiando o piloto. Passamos atrás da Ilha Anchieta e eu desejava ardentemente um tempurá ou uma costela no bafo que tem lá nos lados da Ribeira. Deu saudades da minha poita e do meu pedacinho de paraíso. Santos é minha casa, mas ter um barco aqui é tão diferente de ter um barco lá (para o bem e para o mal). Passamos pela Itaguá e eu desejei boa noite ao meu amigo Stark, que talvez estivesse dormindo dentro de um certo pontinho amarelo.
Ao amanhecer, dentro da cabine, o Eduardo segurou meu braço: "È nossa vez de fazer o turno"? Eu ri. Já era a terceira vez que era nossa vez... essa coisa dos turnos não funcionou nessa travessia. Todos dormiram bem, e eu virei um zumbi.
Após dezoito horas de travessia chegamos na Ponta da Joatinga, que dormia bem mansa. Mais duas horas chegávamos na praia da Tapera. Foram vinte e duas horas de Santos até a Tapera! nada mal. Não paramos lá. Seguimos até o Saco do Céu. Almoçamos no Coqueiro Verde e dormimos em um cantinho. O pessoal foi deitar tarde pelo o que eu entendi. Foi papo de popa até depois da meia noite. Já eu dormi das 19h00 às 07h00, acordando algumas vezes para checar o fundeio (como se ali fosse preciso!).
No dia seguinte seguimos para o Bracuhy, onde aconteceu o 13º Encontro da ABVC. Missão cumprida.
Nesse mesmo dia eu, o Eduardo e o Marcio voltamos para Santos de ônibus. O Marcelo e a Claudia ficaram por lá, pois além do encontro irão participar do Cruzeiro Costa Verde, também promovido pela ABVC. Eu até gostaria de ter ficado por lá, para o encontro. Mas sem as meninas, seria muito chato... De toda forma a tarvessia foi bem legal (mesmo no motor) e eu me senti menos "velejador de baía". Mas isso é conversa para outro dia.
E vamos no pano mesmo!
Galeria - fotos de Eduardo Colombo:
Juca, Eduardo e Marcelo. |
Anoitecendo no mar. |
Uma prainha na Ilha Grande onde o Marcelo um dia sonhou chegar com o próprio veleiro: chegou! |
Encontrar o Tio Spinelli é sempre um prazer! |
Um cantinho logo ali... |
Tava em Sampa, Juca. Mas sonhando com o Itaguá!! ...kkkk Mas hoje já estou de volta!!
ResponderEliminarGrande abraço!!
Eu preciso ir ai!!! abs meu amigo!
EliminarPo meu vem na minha terra e nem avisa, rsrsrsrsrsr
ResponderEliminarTerça-feira vc trabalha! Não devia, mas trabalha! kkk
Eliminarabs