domingo, 4 de novembro de 2012

Empinando Pipa...

Boas!

Finados, como não poderia deixar de ser, foi um feriado cinzento e de pouco vento. 

A sexta-feira até que começou promissora. Dei aula para duas figuras especiais, o Leandro e o Antonio Marcos (antes seguidores, hoje personagens deste blog!). Iniciados os trabalhos e durante um repentina estiagem o vento entrou, embora um pouco tímido. Fizemos algumas evoluções quando o Marcos cunhou uma frase genial, que entrou para os anais cuscobaldoseanos: "Estamos velejando com o ar condicionado ligado"!

Leandro e Marcos...

Não sei se Éolo não gostou da brincadeira (eu adorei!), mas o fato é que depois dela o vento acabou. Passamos o resto do dia num jogo de gato e rato, mas vento de verdade, não teve. Faz parte, embora eu fique muito chateado, pois entendo a ansiedade dos alunos. O Marcos estava esperando desde junho, o Leandro pelo menos há mais de um mês (senão a vida toda, pois nunca tinha estado num veleiro)! Velejar é assim mesmo... aos trancos e barrancos fizemos o básico do módulo I e eles ganharam uma aula extra, cortesia da casa! Só não sei se conto  que depois que eles foram embora, lá pelas 17h00 entrou um ventinho de respeito... melhor deixar assim, em segredo.

Sem vento...

Acabei dormindo no barco, para fugir do trânsito do feriado, coisa que não fazia desde Paraty. Sofri um bocado. Ali para os lados da Marina Tchabum tem uma discoteca e o pessoal vai de lancha para lá. A madrugada toda foi sacolejando para lá e para cá, ao som de muita música! Às cinco da manhã, quando consegui dormir um pouco e sonhava com o robalo de 18,8kg pescado no dia anterior (e em exposição lá na Chinen), fui acordado por batidas de remo de um barquinho de pesca...  Pois é, dormir é para os fracos!

No dia seguinte o céu continuava púmbleo. E eu duplamente preocupado: com a falta de vento do dia anterior e em garantir que nada de errado acontecesse com meus alunos Wander e a Cris, aqueles que estavam a bordo quando o motor de popa caiu no mar! Tudo tinha que ser perfeito, até porque íamos para o mar (Módulo II).


Wander e Cris...

Na saída do canal encontramos o Marcio, do Velejando com Deus, levando o Fernando Previdi e família (até a sogra foi!) para aprender a tocar um catamarã de enormes proporções. Eles estavam voltando, forte sintoma da falta de vento que se avizinhava. Pronto, mais uma aula extra?!

Velejando com Deus!


Não!!!!

Ventou. Muito pouco, pouco mesmo, mas ventou. Nos arrastávamos a meio nó quando tive a ideia de subir a pipa!!! Estávamos de través, o mar estava baixo e não vi muito risco em subir a gennaker. Pronto! Sem nenhum sutiã a vela subiu bonito e nossa velocidade foi lá para seus dois nós, com picos de três e meio!

Em um final de semana de frases de efeito a Cris, inspirada pelo dramin e em um momento de sinceridade desmedida soltou um belo: "Ah, velejar é divertido!"

Ufa! Missão cumprida! Sempre digo que velejar tem ser divertido, se não for tem algo errado.






Não sei se são meus olhos, mas acho essa vela a coisa mais linda do mundo!

Esse mês tenho aulas todos os finais de semana e, ao mesmo tempo, estou em um processo de despedida do Cusco que talvez vingue. Por agora só posso dizer que o atoll 23 é um veleiro sensacional e que fez de mim um velejador muito melhor!

E vamos no pano (colorido) mesmo!



5 comentários:

  1. E que linda pipa Juca!!
    Acho que as velas grandes tb deviam ser coloridas, dão mais vida aos veleiros.
    A sorte é que elas sempre estarão prontas para voar, em qualquer mar e em qualquer veleiro.

    abs
    Paulo Ribeiro
    veleiro Bepaluhê

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    1. Grande Paulo!!! A sua pipa por sinal tbm é linda!!! Final do ano estaremos em Paraty de novo, espero encontrá-lo!!!

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  2. Amo viagem, aventuras e fotografia.Vim conhecer seu blog, estou te seguindo..
    conheça o meu :

    http://viajandopelobrasi.blogspot.com.br/

    Abraços

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  3. Que legal! Espero que um dia venha viajar e velejar com a gente! Bons ventos, sempre!

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  4. Juca, há algum tempo acompanho as aventuras deste especialista em "ir até ali"... e fiquei literalmente babando quando li sobre a venda do Atoll. Estou naquela saga de ter um barco. Já velejei num Marreco, pelos idos de 78, e em monotipos na lagoa de Araruama, bons tempos...
    Tenho frequentado foruns e assinado revistas.
    Ter um barco hoje é difícil pela falta de espaço nos clubes, pela falta de marinas... por estar dividido entre Rio e Rio das Ostras... Estou pendendo para um Bruma 19, levo numa carreta,velejo, pernoito, depois enfio na garagem do prédio e o carro que durma na rua! Preciso aproveitar minhas folgas (trabalho embarcado, ironia...) fazendo algo que seja seguro e prazeiroso. Um dia combinaremos um curso aí, preciso continuar o tratamento de choque com a futura almiranta, que já está se dobrando. Noutro dia, na praia do Jabaquara (Parati), aluguei um Hobie14 e rodei uma hora com ela em cima. Deixei que ela conduzisse o barquinho na volta, até ele encostar levemente com a proa na areia, exatamente no ponto em que saímos. Foi um divisor de águas. Pude sentir como ela curtiu a velejadinha e se sentiu segura. É por aí que vou fazendo a cabeça dela, comendo o mingau quente pelas bordas..
    Te desejo sucesso com o novo barco e pretendo um dia (bem breve, espero) aprimorar (ou relembrar) os conceitos de uma navegada segura. Um abraço.
    Eduardo Azambuja

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