quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Depois da tempestade...


Boas!


Acho que minha mãe me enganou. Eu não devo ter nascido em março, mas nos primeiros dias de setembro, já que vivi em pequeno inferno astral, rs.

Mas os ventos fortes já passaram e aos poucos as coisas vão entrando nos eixos. Duas boas notícias: a primeira é que consegui mandar fazer um suporte em aço inox 316 para o motor de popa. Agora ele não cai mais... a segunda é que a Marinha do Brasil regulamentou melhor a emissão de declaração de embarque.

Em resumo a história é a seguinte: depois do acidente com a motoaquática que vitimou a pequena Grazielly em Bertioga, houve mais rigor na obtenção de habilitações. Como a Marinha não tem condições de fazer provas práticas para todos os candidatos (o que na minha opinião é um erro, isso deveria ser mais do que obrigatório), decidiu que todos os interessados na obtenção de habilitação comprovassem ter no mínimo dez horas de embarque.

Em um primeiro momento qualquer escola, associação, marina ou clube náutico devidamente cadastrado no Marinha e, ainda, qualquer amador habilitado poderia assinar a declaração, conforme modelo 5.F da NORMAN - 3. Eu mesmo assinei cinco, para alunos meus. Três deram certo, duas não.

Essas que não deram certo foi porque no meio do caminho a Marinha mudou o entendimento e apenas as pessoas jurídicas cadastradas poderiam dar a tal declaração. Eu tenho PJ(MEI) para o curso de vela, mas não sou cadastrado. Fui ver como isso funcionava e descobri que teria que dar aulas para arrais, no mínimo. Mas isso nem de longe está nos meus planos.

Eis que em 14/08/2012 mudou tudo de novo e o amador (pessoa física) pode, sim, firmar a tal declaração, desde que seja arrais há pelo menos dois anos, ou então mestre (meu caso) ou capitão e que a CHA esteja na validade.

Ufa! 

Eu sei que existem controvérsias sobre isso, pois é claro que basta um amigo habilitado assinar a tal declaração. De minha parte, sei que dou aulas de velas por puro prazer (minha profissão é outra e me dá sustento digno), tenho certeza de que passo muitos fundamentos para uma navegação segura e consciente e que quando atesto as horas de embarque, os alunos estiveram mesmo no meu barco navegando (e não apenas dando volta em botes infláveis, sem tocar em nada e pagando uma exorbitância). Críticas a parte, um bom embarque antes da habilitação é melhor do que nada e se bem feito, pode fazer a diferença.

E vamos no pano mesmo!


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