domingo, 29 de agosto de 2010

Ainda sobre gennakers...

Ainda falando sobre gennakers, no último final de semana (28 e 29 de agosto) tive a oportunidade de verificar a utilização de duas dessas velas, em veleiros e situações distintas. A primeira foi no dia 28/08, no veleiro Meltemi (Farr 32), do comandante Alan Trimboli e do qual sou tripulante em regatas. O percurso entre a Ponta Grossa e a Ilha dos Arvoredos permitiu o uso dessa vela Assim que montamos a Ilha da Moela (por fora). O vento vinha de SE, começando em 10 nós e depois indo para 07, depois 05 e, por fim, na merreca total.

O Meltemi possui gurupés, o que melhora a armação da vela. Além disso, utiliza um abafador, que permite que a vela seja içada fechada e desfraldada quando as escotas e o barco já estão na posição ideal.

Na foto abaixo é possível visulizar o cabo que vai do cockpit ao gurupés (verde, rente ao convés) e as escotas de controle, uma vermelha e outra verde.

Na foto seguinte o cabo que controla a amura foi liberado e a vela armou mais para fora do barco.

As escotas de controle devem ter cumprimento equivalente a duas vezes o tamanho do barco. Isto para que nos jibes a vela, empopada, possa panejar para a frente livremente e, então, ser caçada para o outro lado. A escota de controle da amura deve ser grande o suficiente para que a vela se afaste uns três metros do ponto de fixação. Em qualquer hipótese duarante a velejada a vela mestra deve ser regulada de forma a não fazer sombra para a gennaker.

































A segunda oportunidade foi no dia seguinte, quando saimos com o Cusco com destino ao Indaiá. A "traumatizada" da vez foi a pré-bióloga Thais, que de tanto medo de velejar acabou com os cabelos azuis!



















Nossa vela subiu direitinho. Aliás, deu tudo tão certo que eu até estranhei! Para içar a vela, como não temos abafador, adotamos a seguinte tática: escondemos a gennaker atrás da buja e da vela grande, colocando o barco na alheta. Após subirmos a gennaker, que ficou betendo meio boba, por falta de vento, baixamos a genoa e colocamos o barco no través. Pronto! Lá estava a "vela de gaúcho", como a Priscila a apelidou. Nosso ponto de fixação é a ponta do púlpito de proa, onde está instalado um moitão. O cabo da amura passa por ele, encontra outro moitão junto às ferragens de proa e vai para o cabeço de amarração. A ideia é, no futuro, levar esse cabo até um mordedor no cockpit. Na última foto é possível perceber que cometemos um erro, pois o cabo preto que serve de escota de controle deveria passar por fora do guarda macebo. Como não passou, ficou pressionando o cabo de aço do guarda mancebo e influenciou a forma como a vela abriu.


























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Nossa velocidade em termos percentuais sofreu aumento de 100%! Mas, em termos práticos isso não significou muito, pois sob ventos de 4 ou 5 nós, subimos de 1,5 nó de velocidade para 3,0 nós. Cerca de meia hora após ter subido a vela, o vento merrecou de vez e ligamos o motor.
Antes, porém, colocamos o barco novamente na alheta, abrimos a buja e, com a sombra dessas duas velas recolhemos a gennaker direito para o paiol que reservamos para ela, através da gaiuta.
É isso ai!
Bons ventos!

2 comentários:

  1. Mas bah!
    Gostei das cores desta tua vela!
    Na verdade, possuo em meu veleiro Pandorga, aqui no Rio de Janeiro, uma 'gennaker' nas mesmas cores: três faixas horizontais verde, vermelha e amarela, ou seja, exatamente a disposição da bandeira farroupilha!
    Abraços e bons ventos!

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