sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz 2017!!!

Boas!


Esse ano talvez não tenha sido bom para todos.
Mar tranquilo, porém, nunca fez bom marinheiro...
Sejamos como o junco, que se verga na tempestade, mas não quebra.
Que em 2017 nossa travessia seja mais suave.
Mas, se não for, rizemos as velas, fechemos as gaiutas e coloquemos nossa roupa de tempo: quem está preparado, sempre chega ao porto.

E vamos no pano mesmo!!!




quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Volta da Ilha Grande

Boas!

Ao longo desse ano eu tenho pensando em formas de nossos alunos continuarem a estar no mar logo após a conclusão do curso básico e intermediário. O caminho natural é comprar um veleiro, como já aconteceu com tantos alunos nossos. Mas, sendo práticos, comprar um veleiro nem sempre é uma opção. Isso só se justifica se houver tempo suficiente para usá-lo e para mantê-lo. Tempo, contudo, é algo cada vez mais raro.

Por isso estreamos uma nova linha de atividades nesse final de semana: o turismo aventura

Esse tipo de atividade mistura um pouco de curso, um pouco de passeio e um outro tanto de diversão. Sem frescuras, mas com conforto.

Foi assim que em parceria com a empresa Latitude Charter, de Paraty, fizemos nossa 1ª Volta da Ilha Grande Cusco Baldoso. Foram dois dias de pura imersão em um dos lugares mais lindos do planeta, a bordo de um veleiro de 45 pés super conforável e preparado para praticamente qualquer condição de vento e mar. 

Na tripulação estiveram conosco o Elton  e a Erica, que estão completando o curso básico de vela oceânica comigo; o Vinícius, que já fez o curso básico na Base Santos, o Diego, que fez o básico com o Spinelli em Ubatuba e a Laura, a mais graduada da turma, que fez o básico e o intermediário com o Spinelli.

Houve momentos tranquilos, houve outros mais complicados, em que a falta de entrosamento da tripulação com o barco e os ventos de vinte e cinco nós (pouco comuns na região) cobraram seu preço. Apesar disso ao final o saldo foi muito positivo. Os meninos souberam reagir adequadamente a cada situação e eu apenas os auxiliei nesse processo. Foi a vida no mar como ela é, com seus encantos e com sua rudeza.

Em fevereiro faremos nosso próximo projeto desse tipo, explorando o Saco do Mamanguá.

A seguir um resumo de nossa aventura:

17/12/2016

06h23 - Deixamos a Marina 188 com destino a Lago Verde. Manhã sem vento. Céu azul. Mar sem ondas. Seguimos no motor. Todos se revezaram no leme.
10h15 - Ancoramos na Lagoa Verde. Laura fez a aproximação e ancoragem. Mergulhamos.
11h00 - O vento entrou, de leste, aos dez nós.  Levantamos âncora e fomos velejar. O Azular possui duas velas de proa, cada qual no seu enrolador. Orçamos com todo o pano, nos adaptando aos bordos com duas velas. O vento começou a aumentar, chegando a vinte e cinco nós mantidos. Decidimos enrolar uma das velas de proa. A manobra foi complicada, pois um dos cabos de um dos enroladores prendeu em um cunho. Vinícius feriu a mão nas escotas. 
15h30 - Após ajustarmos o plano vélico resolvemos ir até a Tapera para o almoço. Pedimos arroz, feijão e peixe frito no flutuante do Bacana. Achamos a comida boa  o preço justo.
17h00 - Levantamos âncora da Tapera e fomos para o Saco do Céu. Pernoitamos em frente ao restaurante Reis e Magos. O Diego e a Laura pegaram o bote e foram explorar o local. Depois o Diego preparou nosso jantar, para alegria geral. Fomos dormir por volta de meia noite.

18/12/2016

08h00 - O pessoal estava dormindo, então eu resolvi tirar o barco sozinho da ancoragem. Mas foi só ligar o motor que todos saltaram das camas. Entrei no Saco do Céu parta eles conhecerem. Depois seguimos em direção ao Farol de Castelhanos, para acessarmos o lado de fora da Ilha Grande. A Erica me ajudou a desenroscar a adriça da vela mestra e uma das cruzetas. Liguei o piloto automático para a tripulação ver seu funcionamento.
09h00 - Assim que passamos pelo Farol o vento firmou. Vela mestra no primeiro rizo. Abrimos apenas a Staysail. A previsão era de ventos frescos mais uma vez e o dia anterior nos sugeria cautela na quantidade de vela. 
10h00 - A Ilha de Jorge Grego está na popa. Evitamos o popa raso e velejamos alhetados, dando jaibes controlados para ajustar o rumo. Passamos afastados de Lopes Mendes, mas bem próximos da Parnaioca, Leste e Aventureiro. Já da Ponta do Drago passamos afastados...
16h00 - Ilha do Algodão, já em Paraty. O vento finalmente parou... ligamos o motor e começamos a preparar o retorno. 
17h00 - Atracamos na Marina 188, onde fomos bem recebidos pelo amigo Helio Magalhães, dono da Latitude.  Nossa missão estava completa. Era hora de voltar para casa...



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