Em um país sem memória, certas iniciativas merecem destaque:
"O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou no dia 10 de dezembro de 2010 a proposta de tombamento de parte do Patrimônio Naval Brasileiro elaborada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan.
A partir da decisão, tornaram-se protegidos o acervo do Museu Nacional do Mar, na cidade de São Francisco do Sul (SC), a Canoa de Tolda Luzitânia, da Sociedade Sócio-Ambiental do Baixo São Francisco (SE), a Canoa Costeira de nome Dinamar, da Baía de São Marcos (MA), o Saveiro de Vela de Içar de nome Sombra da Luz, do Recôncavo Baiano (BA), e a Canoa de Pranchão do Rio Grande, de nome Tradição (RS)".
No Maranhão restam apenas 21 Costeiras, grande parte com suas características fundamentais alteradas. o tombamento da Dinamar irá assegurar a preservação dessa embarcação que é ao mesmo tempo rudimentar e excepcional...Oxalá sejam tomadas as medidas necessárias para a preservação desse patrimônio cultural, o que já é um desafio em si, na medida em que no modelo brasileiro o ônus do tombamento (cujo aproveitamento é difuso, por natureza), sempre acaba nas costas do particular.
Quando eu estive no Maranhão, "encontrei" muitas Costeiras (como a Missionária, da foto abaixo), mas não vi a Dinamar. Ou seja: a trupe vai ter que voltar lá! Mas, antes, vamos conhecer a Tradição, já que o Rio Grande do Sul e suas tradições (sem trocadilho) faz muito sucesso lá em casa.
